Autor: Mary E. Pearson
Editora: Darksidebooks
Número de páginas: 402
Skoob: Adicione a sua estante
Sinopse: Em The Heart of Betrayal — Crônicas de Amor e Ódio v.2, Lia e Rafe estão presos no reino barbárico de Venda e têm poucas chances de escapar. Desesperado para salvar a vida da princesa, Kaden revelou ao Vendan Komizar que Lia tem um dom poderoso, fazendo crescer o interesse do Komizar por ela. Enquanto isso, as linhas de amor e ódio vão se definindo. Todos mentiram. Rafe, Kaden e Lia esconderam segredos, mas a bondade ainda habita o coração até dos personagens mais sombrios. E os Vendans, que Lia sempre pensou serem selvagens, desconstroem os preconceitos da princesa, que agora cria uma aliança inesperada com eles. Lutando com sua alta educação, seu dom e sua percepção sobre si mesma, Lia precisa fazer escolhas poderosas que vão afetar profundamente sua família... e seu próprio destino.
Defina o livro com uma frase: Por um mundo ideal onde todas as protagonistas femininas sejam tão fortes e reais quanto a Lia <3
Em comemoração ao
lançamento – e encerrando a #SemanaGirlPower em melhor estilo – do terceiro e
último livro das “Crônicas de Amor e Ódio”, “The Beauty of Darkness”, resolvi trazer para vocês a resenha do
segundo volume: “The Heart of Betrayal”. Se você ainda não leu o primeiro
volume “The
Kiss of Deception”, não preciso nem comentar que as próximas linhas estarão
recheadas de spoilers, preciso? Vocês
foram avisados...
“Todos nós fazemos parte de uma história maior também. História esta que transcende o solo, o vento, o tempo.” (Página 199)
“The Heart of Betrayal” começa logo em sequência dos acontecimentos do final do
primeiro livro, descobrimos (finalmente) quem é o príncipe e quem é o assassino
e Lia é sequestrada por Kaden, o charmoso assassino, em uma manobra para aparentemente,
salvá-la da morte. No presente momento eles estão em uma caravana indo até a
temida terra dos bárbaros, Venda. E é claro que o Sr. Rafe apareceu, em uma
manobra aparentemente suicida, e também está acompanhando a caravana, se
passando por um emissário do príncipe de Dalbreck.
“Seriam
necessários muitos atos, e não apenas um, todos os passos renegociados.
Mentiras teriam que ser contadas. Confianças, conquistadas. Limites
desagradáveis, cruzados. Tudo isso pacientemente entremeado, e paciência não
era o meu ponto forte.” (Página 11)
Chegando ao seu
destino, Lia conhece o terrível Komizar, líder de Venda. E descobre o que era
mostrado pelos outros reinos, Morrighan e Dalbreck, com relação a Venda, não
podia ser mais diferente. No lugar de um povo bárbaro impiedoso e desalmado,
estão pessoas castigadas pela miséria e infortúnios, porém que mantém forte
devoção as antigas crenças e ainda esperam ser salvos por uma antiga profecia.
“Permita-me
deixar isso perfeitamente claro para você. Embora alguns possam buscar fazer
com que as coisas pareçam diferentes, eu não sou uma noiva a ser escambada para
um outro reino, nem um prêmio de guerra, nem uma porta-voz para o seu Komizar.
Eu não sou uma ficha em um jogo de cartas para ser jogada impetuosamente no
centro da pilha de apostas, nem a ser mantida no punho apertado e cerrado de um
oponente ganancioso. Eu sou uma jogadora que está sentada à mesa junto com todo
o restante do pessoal e, deste dia em diante, vou fazer minhas jogadas conforme
eu julgar adequado. Você está me entendendo? Porque as consequências podem ser
feias se alguém pensar que as coisas são diferentes.” (Página 356)
Neste volume, Mary
E. Pearson aborda um pouco mais sobre a política de um reino desconhecido,
porém os fatos apresentados acabam nos deixando ainda mais confusos, já que portas
para outras dezenas de perguntas são abertas. Se você costuma não prestar muita
atenção as canções e testemunhos presentes no início de cada capítulo, eu
sugiro que você se mate, quer dizer, releia tudo e preste muitíssima atenção,
afinal nestes pequenos trechos descobrimos mais do passado dos três reinos, e
sobre a misteriosa profecia que paira sobre o futuro de Lia.
A narrativa foi
um pouco mais lenta do que no primeiro volume, até porque o livro é focado na
parte política de Venda, porém isso de maneira nenhuma tornou a leitura
arrastada, pelo contrário, tornou-a rica e muito interessante (leia-se a
quantidade de marcações que eu fiz). Lia também acaba descobrindo mais sobre o
passado de Kaden e do próprio Komizar, assim como um pouco sobre a verdadeira
história dos reinos, e não o que foi censurado e manipulado pelos antigos governantes.
“[...]Disse que foi fácil. Que a morte dela não lhe custara nada. Agora custará. Todos os dias em que eu respirar, farei com que lhe custe alguma coisa. Toda vez em que eu vir aquele mesmo largo e presunçoso sorriso no rosto dele, farei com que pague por isso.” (Página 178).
Se eu já achava
Lia uma mulher forte em “The Kiss of Deception”, em “The Heart of Betrayal” ela
se tornou uma deusa. Vemos muito mais dessa personalidade forte, confiante e
desafiadora, assim como também vemos mais do seu lado humano, com a sua insegurança
– afinal de contas quem ficaria tranquila no meio de um povo desconhecido que a
quer morta? – e dor. Afinal, o destino lhe reservou um lugar um tanto quanto
inesperado ao sair de Civica láááá nas primeiras páginas...
“Ele realmente
achava que fora por causa de seu aviso que eu me silenciara? Eu tinha sido
silenciada vezes demais por aqueles que exerciam poder sobre mim. Não aqui.
Minha voz seria ouvida, mas eu haveria de falar apenas quando isso servisse aos meus
propósitos.” (Página 21)
Rafe não está tão
presente quanto no primeiro volume, porém a sua participação é indispensável,
já que ele conta um pouco sobre a história de Dalbreck – e também responsável
por alguns spoilers. Ele continua uma
pessoa de cabeça fria perante as adversidades, porém muito carinhoso e honesto
com Lia (mal posso esperar para ver o que vai acontecer no próximo livro, senhor!).
“Às vezes, todos
nós somos empurrados para que façamos coisas que achávamos que nunca seriamos
capazes de fazer. Não eram apenas presentes que vinham com grande sacrifício.
Às vezes, o mesmo acontecia com o amor.” (Página 249)
O final desse
livro foi um tiro no peito a queima roupa! MELDELS,
eu que não sou de procurar spoilers
tive que ir atrás de alguns de “The Beauty of Darkness” só para poder dormir em
paz, enquanto esperava ansiosamente o lançamento do último volume da trilogia.
Sabendo qual é o rumo dessa série eu só digo uma coisa: Mary E. Pearson
conseguiu criar um universo sensacional, personagens maravilhosas e
principalmente, conseguiu criar uma mulher que é a própria definição de *empoderamento
feminino*, assim como demonstrou que você é a responsável pelo seu próprio
destino.
“-Uma tempestade
está a caminho.
- A primeira de
muitas [...] Uma nova estação está vindo.” (Página 28)
***
Então é isso, chegamos ao fim da #SemanaGirlPower... Espero que vocês tenham aproveitado, aprendido e se divertido tanto quanto eu. Foi uma honra participar desse projeto ao lado de mulheres inspiradoras como a Keyla, a Raquel e a Denise. Espero que vocês todos tenham retirado recomendações, idéias ou qualquer coisa positiva de todos esses posts. Muito obrigada por terem chegado até aqui e até a próxima!
***
Este post faz parte da #SemanaGirlPower realizada em parceria com blogs amigos com o intuito de apresentar trabalhos feitos por mulheres incríveis e dar visibilidade aos talentos femininos em mídias variadas em homenagem ao Dia da Mulher (8 de março).
Para conferir o que os outros participantes do projeto estão fazendo, visite os links: Skull Geek - Pipoca Musical - Embarcando na Leitura - Night Phoenix Books
Nenhum comentário:
Postar um comentário