terça-feira, 10 de novembro de 2015

[Resenha] A Rainha Vermelha #1: A Rainha Vermelha

Título: A Rainha Vermelha

Título original: Red Queen

Autora: Victoria Aveyard

Editora: Seguinte

ISBN: 9788565765695

Número de páginas: 424


Sinopse: O mundo de Mare Barrow é dividido pelo sangue: vermelho ou prateado. Mare e sua família são vermelhos: plebeus, humildes, destinados a servir uma elite prateada cujos poderes sobrenaturais os tornam quase deuses. Mare rouba o que pode para ajudar sua família a sobreviver e não tem esperanças de escapar do vilarejo miserável onde mora. Entretanto, numa reviravolta do destino, ela consegue um emprego no palácio real, onde, em frente ao rei e a toda a nobreza, descobre que tem um poder misterioso… Mas como isso seria possível, se seu sangue é vermelho? Em meio às intrigas dos nobres prateados, as ações da garota vão desencadear uma dança violenta e fatal, que colocará príncipe contra príncipe - e Mare contra seu próprio coração.


Defina o livro com uma frase: “E nós vamos nos levantar. Vermelhos como a aurora” 


A edição do livro apresentada pela editora Seguinte possui capa normal (brochura) porém com uma arte muito bonita e brilhante, com alguns realces. As páginas são amareladas e o tamanho da letra torna a leitura confortável. O livro é dividido em 28 capítulos. Não encontrei nenhum erro de diagramação ou digitação.
A narrativa é feita em primeira pessoa pela protagonista, Mare Barrow, uma vermelha que mora com sua família em Palafitas, um pequeno vilarejo de vermelhos, em Norta.

No mundo distópico criado por Victoria Aveyard, a sociedade é dividida, basicamente, em plebeus e nobres. Os que fazem parte dos plebeus, por assim dizer, são aqueles que possuem sangue vermelho, trabalhadores comuns que são obrigados a servir aqueles mais afortunados. São constantemente humilhados, oprimidos e ignorados. Pessoas nascidas com sangue vermelho, devem encontrar uma profissão até completarem 18 anos, se não serão mandados para a guerra na fronteira, muito provavelmente nunca mais retornando à suas casas.


"A única coisa que nos diferencia - ao menos por fora - é que os prateados andam eretos. Já nossas costas são curvadas pelo trabalho, pela esperança frustrada e pela inevitável desilusão com nosso fardo na vida."


Já a realeza, aqueles de sangue prateado (sim, o sangue deles é literalmente prateado) são dotados, além de inúmeros privilégios sobre os vermelhos, de dons especiais, como a habilidade de manipular fogo ou água. Essas habilidades os fazem ser temidos ainda mais pelos vermelhos, já que eles acreditam que os prateados são como cruéis deuses intocáveis.


“Você mora num palácio, tem força, tem poder. Não saberia o que é dificuldade nem se ela te desse um chute na cara. E acredite: ela faz isso direto.”


O reino de Norta é governado pela família real prateada. Existem outras famílias prateadas que fazem parte das grandes casas, como se fosse a “nobreza” dentro da população privilegiada, uma vez que existem prateados menos afortunados que trabalham como empregados. A estas casas são concedidos privilégios especiais sobre os demais prateados.


“Na escola, aprendemos sobre o mundo antes de nós, sobre anjos e deuses que viviam no céu e governavam a Terra com mãos ternas e gentis. Alguns dizem que não passam de histórias, mas não acredito nisso. Os deuses ainda governam. Ainda descem das estrelas. Só não são mais gentis.”


Há alguns anos, os vermelhos vivam sobre o constante medo de serem mandados para as efemérides, onde prisioneiros e inimigos do Estado eram executados diante de uma platéia de prateados, como maneira de punição, controle de revoltas e diverção. Atualmente, as efemérides consistem de disputas, entre prateados, na primeira sexta-feira de cada mês, servindo como uma demonstração de poder dos prateados, uma vez que o lema dos prateados é força e poder.


“É uma mensagem fria e calculista. Apenas prateados podem lutar na arena porque apenas eles podem sobreviver à arena. Lutam para nos mostrar sua força e seu poder.”


A protagonista, Mare Barrow, é uma jovem vermelha de 17 anos que, apesar de demonstrar ser uma personagem forte e determinada, ao longo do livro mostra que sempre está a espera de ser resgatada. Isso não a torna uma personagem fraca ou sem sal porém tira um pouco de seu encanto. Ela ainda não encontrou um trabalho, o que significa que assim que completar 18 anos será mandada para a guerra como seus 3 irmãos mais velhos, Bree, Tramy e Shade (que mantém contato por meio de algumas cartas). Apesar da ser não apresentar nenhuma habilidade digna de um trabalho, ela, ao desgosto de seus pais, é uma ladra experiente, que passa seus dias andando pela cidade em busca de alguém distraído para roubar sua carteira e assim ajudar sua família.

Ela é uma pessoa corajosa, determinada a mudar de vida, que não se conforma com a situação atual dos vermelhos, achando injusto a vida que são obrigados a viver apenas por ter nascido com um sangue diferente.

Tudo muda no dia em que seu melhor amigo, Kilorn Warren, um jovem de 18 aprendiz de pescador, perde seu mestre e se vê desesperado já que seria mandado para a guerra. Mare em uma tentativa de salvar seu amigo, e de certa maneira se salvar também, arranja um acordo com um grupo de vermelhos rebeldes para ser transportada como carga para fora longe dos prateados. O único problema é que ela precisa arranjar duas mil coroas para isso.


“Mal consigo respirar. Menos de dois dias para juntas mais dinheiro do que roubei na vida inteira. Sem chance.


Sua irmã mais nova Gisa é uma aprendiz de tecelã, que trabalha em uma cidade de prateados, como maneira de ajudar Kilorn, ela empresta um uniforme para Mare e ambas vão até a cidade de Summerton, para que Mare tente roubar o suficiente para sua salvação, só que as coisas dão incrivelmente errado e, no meio de um anúncio da guarda escarlate, um grupo rebelde de vermelhos, os prateados se revoltam e começam a atacar os vermelhos. No meio da confusão Gisa tenta roubar a mochila de um prateado que a pega em flagrante e a pune, acabando com sua carreira de tecelã.


“Posso apenas observar o policial deitar minha irmã ao meu lado. Seus olhos fixam-se nos meus enquanto ele desce a coronha da arma e esmaga os ossos da mão que ela usa para costurar.” 


Ela acaba conhecendo um jovem criado que, após uma tentativa falha de roubar sua carteira, sente pena de Mare e acaba oferece um emprego no palácio real como criada.

Como uma maneira de fazer com que o sangue do “povo” faça parte da linhagem real, os casamentos são realizados por meio da Prova Real, torneios onde as representantes são prateadas das grandes casas, que são escolhidas por sua própria família, e meio a uma demonstração de suas habilidades em uma arena são eleitas pela família real, ou seja, aquela que mais impressionar e chamar a atenção se torna a futura rainha.

Diversas coisas acontecem e Mare se vê arrastada no mundo dos prateados em meio a rebelião vermelha. Um mundo repleto de conflito, ambição, mentiras, traições e segredos. Onde nada é o que parece e todos, inclusive quem você mais confia, podem te trair.


“Eu estou finalmente aprendendo minha lição. Todos podem te trair."


É impossível não ler A rainha vermelha e não comparar a situação dos vermelhos com a das pessoas que sofrem discriminações diariamente devido as suas diferenças. Este livro faz uma forte crítica, mostrando que no final das contas não somos diferentes dos próximos por causa de alguma caracterísitica, no fim do dia somos todos humanos e todos são dignos de serem tratados igualmente.


6 comentários:

  1. Você acredita que eu estou louca pra ler esse livro?! Pois bem, ainda nem tive a oportunidade de lê-lo por causa da correria do dia a dia, além de ter uma lista enorme de próximas leituras. O que mais me chamou a atenção primeiramente por causa da capa ser tão linda, mas conforme ia lendo várias resenhas a respeito do livro, acabei ficando bem ansiosa pra ler!

    Já vi que seu blog é novinho, isso é ótimo! Estarei seguindo e acompanhando.
    Beijos
    vorazesleitoras.blogspot.com

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  2. Oii tudo bem?
    Obrigada! *-*
    Nossa nem me fale da lista de próximas leituras, estou soterrada e mesmo assim não paro de comprar Hahahaha
    Super recomendo esse livro! Vale a pena, ainda mais com o final que me deixou desesperada pela continuação! :)
    Beijos!

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  3. Tô muitooooo doida pra ler esse livro.
    Uma amiga leu e adorou, só fiquei com mais vontade rs
    Adorei sua resenha!
    Seu blog tbm, tô te seguindo ;)

    Beijinhos :*
    Sankas Books

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    1. Oii Thay, tudo bem?
      Esse livro é muito bom! Super recomendo, ainda mais com o final bombástico! Hahahah
      Obrigada! *-*
      Beijos

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  4. Oii, li tantas resenhas sobre esse livro e ainda não tive oportunidade de conferir acredita, adorei o blog, estou te seguindo, bjos.

    yuugracindo.blogspot.com.br

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    1. Oii Yuu, tudo bem?
      Você precisa dar uma chance a ele, garanto que você não irá se arrepender! Fora que a capa dele é linda rsrsrs
      Obrigada *-*
      Beijos

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