[Especial] Decepções Literárias de 2016!

Que tal começar 2016 causando polêmica? Fiz uma lista com os cinco livros que mais me decepcionaram em 2016, como sempre, vale ressaltar que essa é a minha opinião, então se eu falar do seu livro favorito, sinto muito em ter odiado ele... Também vale ressaltar que esses livros não estão em ordem de “menos pior” para pior (afinal de contas, decepção é decepção).

Minha primeira decepção literária de 2016 foi, por uma infeliz coincidência do destino, o primeiro livro que eu li em 2016: “Half Bad” da autora Sally Green. Narrativa enrolada, personagens sem nenhum carisma, clichê bem vs mal, além de bruxos, que querendo ou não, são uma comparação porca de Harry Potter, próximoooo!

Nota: Uma imagem vale mais do que mil palavras.

A próxima decepção não é nenhuma novidade, pois em todas as oportunidades que aparecem eu falo desse livro... “Cemitérios de Dragões” do autor Raphael Draccon. Esse livro tinha tudo para dar certo... dragões, realismo mágico e literatura nacional? Como não ser atraída por um livro que apresenta tudo isso? Pois bem... a realidade foi bem diferente disso...

Nota: Imagem auto-explicativa.

Os personagens não são cativantes, pelo contrário, além de mal explorados são clichês ambulantes. O universo é mal explorado, não há aprofundamento ou aproveitamento algum... A narrativa é extremamente arrastada, redundante, infantilizada, sem sentido e omite pontos importantes, tanto na construção do cenário, quanto na resolução de problemas. Os diálogos são um compilado, ruim, de frases feitas.

E temos a grande revelação do enredo, que no mínimo é um clichê risível que não faz com que nos questionemos se todo o processo de leitura valeu a pena, simplesmente não salva a leitura...

Gosto de explicar esse livro como: uma mistura xulepa, redundante e mal escrita de personagens descartáveis, power rangers genérico, fontes ilegíveis e clichês que ninguém gosta.

A próxima decepção foi mais um caso de grandes expectativas não correspondidas: “Quando os Adams Saíram de Férias” do autor Mendal W. Johnson. Criei altas expectativas pois vi a Adriana do Redatora de Merda indicando esse livro como uma leitura “terrível e pesada”, adoro uma desgraça, tem como resistir? Como foi difícil acha e terminar esse livro... Ele parou de ser publicado na década de 80-90, então tive que procurar no site da Estante Virtual, quando finalmente achei um que estava em relativo bom estado e que não custava o olho da cara, comprei.

Nota: Infelizmente o livro não é sobre essa família Adams...

Poucos dias depois ele chegou e comecei a ler imediatamente. MEU DEUS que leitura arrastada... Os personagens são pouco críveis, afinal como 2 crianças conseguem imobilizar uma adulta saudável e que ainda era super ativa? Fora que a motivação do grupo de crianças é sem sentido. Outro ponto que me incomodou bastante foi o fato do autor ter criado um grupo de 5 “crianças” com idades variando de 10 a 17 anos...

Se você já teve 17 anos algum dia, sabe muito bem que a probabilidade de você se juntar para “brincar” com crianças de 10-13 anos é minúscula, afinal, por mais retardado que você seja, os interesses são completamente diferentes.

Uma outra coisa que me incomodou foi a narrativa lenta, sem sentido e desnecessariamente longa apresentada nesse livro, passam-se dias sem que nada relevante aconteça. Já o final, que deveria seguir a mesma linha narrativa de todo o livro, acontece de uma página para a outra... A impressão que eu tive foi que o autor ficou de saco cheio de enrolar e quis acabar com o seu, e o nosso, sofrimento.

A próxima decepção foi o famigerado “Exorcismo” do autor, jornalista, Thomas B. Allen. Não vou ficar enchendo o saco, falando mal desse livro de novo, já que tem resenha no blog. Só digo uma coisa: se você tem interesse em ler esse livro, economize seu tempo e leia apenas o diário do padre Bishop que se encontra no final do livro. Obrigada, de nada.

Nota: "Ai carai, que livro chato!

A próxima decepção foi, com pesar no coração, “Evangelho de Sangue” do autor Clive Barker... Queria muito ter gostado desse livro, ainda mais que o prefácio é tão grotesco e sangrento e promete tanto. Porém o livro, infelizmente, não continuou nesse nível...

A narrativa, apesar de instigante, é cansativa e sem sentido, durante diversos momentos da leitura eu ficava me questionando aonde Baker queria chegar com toda aquela enrolação. Fora que quando a história toma um rumo, os eventos que vão acontecendo parecem ter sido escolhidos na sorte, já que não se encaixam no enredo e são absurdos, até para Baker... Posso apenar dizer: parece que ele tomou litros de chá de cogumelo para escrever esse final e honestamente, gastou um livro todo para uma coisa que, na minha opinião, não valeu a pena. 

Nota: Minha exata reação ao ler o final.

A sensação que eu tive foi que personagens clássicos mudaram de personalidade de repente, sem um arco que justificasse essa mudança, fora que me pareceu que Baker tentou explicar demais conceitos de livros e filmes passados, que tinham suas próprias pequenas explicações que funcionavam, e foram trocadas por explicações longas e sem sentido, que tiraram a graça do mistério. O problema não é a explanação do mistério em si, e sim que, dentro da estrutura narrativa, essa revelação foi inferior ao mistério.

Depois dessa dose de desgosto quero ressaltar, novamente, que essa é a minha opinião, não significa que esses livros são uma merda e não devem ser lidos, o que eu aponto aqui é a minha experiência ao ler estas obras. Bom, depois desse descarrego até me sinto mais leve... Espero que em 2017 não hajam livros para essa lista, uma dica para a Marisa do futuro é: vamos tentar segurar as expectativas querida!