Olá! Sejam bem-vindos a mais um "Cinco Motivos"! (tenho uma certa tendência a fazer posts desse tipo? Talvez) Hoje apresento Cinco Motivos para ler as "Crônicas de Amor e Ódio" da deusa Mary E. Pearson! Espera aí, você nunca ouviu falar nela ou nessa série? Por favor, morra saia debaixo dessa pedra que você vive, leia este post e seja convencido a ler e se apaixonar por essa trilogia maravilhosa! (muahahah!) <3
1. Realidade do empoderamento feminino
1. Realidade do empoderamento feminino
Lia é uma personagem feminina forte não
porque ela usa sua força física ou algum poder especial. O seu “poder” é a capacidade de usar o próprio
cérebro e argumentar. Ela é uma mulher normal.
Não é que a presença desses poderes e habilidades especiais em
livros/filmes/HQs seja ruim. Isso acaba se tornando “ruim” quando o autor usa
apenas esse artifício e tenta empoderar uma personagem. A cima de qualquer
habilidade, uma mulher forte deve ser capaz de usar a sua inteligência para
“lutar”. Claro, existem exceções em que mulheres apresentam maior força física
quanto á homens, porém, biologicamente falando, existe uma série de hormônios
que conferem maior força á homens, então criar uma protagonista que arregace
todos os homens no quesito força, acaba fugindo um pouco da realidade –
novamente, é claro que existem exceções, só que infelizmente, na maioria dos
casos as mulheres são mais fracas fisicamente...
Se vocês me perguntarem se eu acho isso
justo, é claro que eu não acho.
Porém precisamos ser realistas e utilizar outros meios para atingirmos a
igualdade.
Lia é uma protagonista empoderada
porque ela não tenta cair na porrada com os homens, ela conhece as suas
limitações, e as vence usando sua perspicácia, argumentação, coragem e
inteligência. Ela é alguém repleta de camadas e que sofre sente medo, ao mesmo
tempo em que tem coragem e determinação para lutar para ser livre.
2. Originalidade
Ao contrário do que você possa achar
lendo a sinopse, esta trilogia não fala das peripécias de uma princesa frágil e
mimada que fugiu para encontrar o amor verdadeiro após ser contrariada. Este
livro não é regado a muito mimimi, triângulos amorosos e personagens que se
vitimizam.
Isso tudo poderia ter dado errado se
Mary E. Pearson entregasse uma personagem que assim que tem um vislumbre do
amor, abandona sua personalidade e esquece de seus ideias para viver esse
romance. Porém, Lia é o foco da narrativa. O que ela quer, seus medos e anseios,
assim como a sua relação em algo muito maior do que ela mesma: o destino, e
como ela é a responsável por escolhas que afetarão milhares de pessoas.
3.
Relacionamentos entre mulheres
Olha só! Como se não fosse uma notícia
boa existirem outras mulheres, Mary E. Pearson ainda conseguiu criar laços de
amor entre elas, viva a sororidade! Caramba que coisa rara! Sarcasmos a parte,
Mary E. Pearson cria mais de uma personagem forte, todas a sua própria moda,
nenhuma delas é igual a anterior e o papel que cada uma desempenha é muito
importante na narrativa.
Sei que parece idiota, mas só o fato de
existirem outras mulheres que se relacionam e que o tópico principal de suas
conversas não é o “Sr. Machão” torna este livro digno de 5 estrelas. Mulheres
conversam sobre seus interesses amorosos, é claro. Mas isso não é o único tema
que elas conseguem desenvolver, e isso é muito bem retratado aqui. Por ser uma
autora feminista, Mary E. Pearson cria mulheres que sofreram sua dose de
abusos, tanto físico quanto psicológicos, porém que se unem para crescer
juntas, para resolver seus problemas. Precisamos de mais autoras e autores que
façam isso! Não estou falando que todo mundo agora deve sair escrevendo
romances feministas mas pelo amor da deusa, chega dessa história de mulheres
serem o sexo frágil que devem ser salvas pelo príncipe no cavalo branco e que
tratam outras mulheres não como iguais, mas como víboras invejosas...
4.
Crescimento dos personagens
Algumas pessoas reclamam da Lia do começo do livro, por ser mimada e voluntariosa. Agora pensem bem: ela é a herdeira de Morrighan, primeira princesa nascida na família real atual... É óbvio que ela vivia sendo paparicada. Apesar de ser mimada, ela sempre tratou as pessoas bem, visto que a sua melhor amiga é sua dama de companhia, Pauline.
Por ter fugido dessa maneira, ela sabia
que ela tinha que se esconder ou ser morta no processo – afinal ela é uma
traidora do reino de Morrighan, por mais que seja filha do Rei – ela deveria se
misturar com as pessoas e arregaçar as mangas. Apesar do berço nobre, ela nunca
demonstrou ser esnobe ou ter medo de trabalhar, pelo contrário, ela sempre quis
se provar útil e seguir com a sua nova vida.
Ao final do primeiro volume “The Kiss of Deception” já temos uma Lia completamente diferente da garota que
fugiu, ela é muito mais independente e tem certeza do que quer. Ao final do
segundo volume “The Heart of Betrayal” Lia é uma Deusa. Ela não aceitará mais ser manipulada e
jogada como peão por ninguém. Ela é dona da própria vida, portanto dona do próprio destino.
5.
Cultura
O universo criado por Pearson é
grandioso, onde passado e presente se misturam, criando um reino cheio de
lendas, canções e profecias. Ao decorrer dos livros vamos sendo apresentados a
algumas dessas tradições, por meio de cânticos e testemunhos que só servem para
aumentar ainda mais nossa curiosidade com o que realmente aconteceu no passado,
e como isso se relacionará com o futuro. Vemos um pouco mais do passado dos
reinos no conto “Morrighan”, e Pearson não decepciona, o negócio dela é criar
mulheres fortes. Sério, como não amar?
Espero ter convencido vocês a lerem as
“Crônicas de Amor e Ódio”. Se vocês já leram e assim como eu são fãs alucinadas
dessa trilogia, como estão os corações para o lançamento do último volume “The Beauty of Darkness”? Oremos para
que Mary continue escrevendo livros tão sensacionais como estes para sempre,
assim não ficaremos órfãos...
Nenhum comentário:
Postar um comentário