sábado, 4 de março de 2017

[Resenha] Alien

Título: Alien

Autor: Alan Dean Foster

Editora: Aleph

Número de páginas: 328


Sinopse: A tripulação da nave Nostromo é despertada antes do tempo de seu sono criogênico. Misteriosos sinais vindos dos confins do espaço são recebidos pelo computador de bordo, e a equipe é acionada para investigar um planeta desconhecido. Um tripulante é atacado por uma forma de vida estranha, e esse pode ser o início de uma história pior que os mais terríveis pesadelos da humanidade.





Defina o livro com uma frase: Existem alguns lugares que eu realmente nunca gostaria de estar, “abordo da Nostromo” ocupa um dos lugares do topo.


“Alien”, é uma história originalmente criada por Dan O’Bannon e Ronald Shusett, que foi adaptada para os cinemas em 1979 no icônico filme “Alien: O Oitavo Passageiro”, que foi dirigido por Ridley Scott. Somente alguns anos depois, Alan Dean Foster escreveu a novelização desse clássico de ficção científica e terror.

Nota: Olha, na boa Ridley Scott, eu acho que essa fala poderia ser substituída, eu estou achando que o meu personagem está soando muito arrogante...

Vocês podem estar se perguntando o que é uma “novelização”, acho que a forma mais fácil de explicar é: a adaptação de uma obra de arte para a mídia literária. Esse tipo de livro é escrito se baseando em obras como filmes, peças ou até mesmo jogos, e normalmente apresenta um conteúdo diferenciado e alguns extras – no caso de Alien, temos uma entrevista com o diretor Ridley Scott, e com Sigourney Weaver (Ripley).

O livro começa com a tripulação da nave Nostromo – que estava retornando à Terra após uma missão de mineração bem sucedida – sendo despertada do sono induzido devido à captação de uma mensagem, oriunda de um minúsculo planeta desconhecido, que, aparentemente, pedia socorro.

Nota: Crianças, vamos acordar para o pior, e talvez último, dia das suas vidas!

Esta tripulação consiste do capitão Dallas, a subtenente Ripley, o oficial de ciência Ash, o oficial executivo Kane, a navegadora Lambert, os dois mecânicos Parker e Brent e não menos importante, o gato Jones – sim, temos um gato a bordo.

Nota: Who you gonna call? CHESTBUSTERS!

Após a chegada neste misterioso planeta, três tripulantes decidem explorar a fonte do sinal, então as coisas tomam um rumo inesperado quando Kane é “atacado” por uma forma misteriosa, e dada sua predileção por abraços (afinal o nome dado é facehugger), extremamente carente.

A partir daí os tripulantes viverão um verdadeiro inferno, tentando sobreviver presos na mesma caixa claustrofóbica de metal que um ser altamente evoluído, um predador nato.

Nota: Não é surpresa para ninguém que um filme que se chama ALIEN, tenha um A-L-I-E-N, então não me venham com "Poxa, deu spoiler e nem avisou..."

Antes de seguirmos com a nossa programação habitual, que tal uma aula de biologia alienígena? Talvez você considere isso um spoiler, então continue lendo a partir da imagem do Jones. Se você não se importa com meros detalhes, continue atento, pegue seu caderno da moranguinho e venha comigo!

Antes de começarmos, que diabos é essa criatura?

Eles apresentam algumas características bem marcantes, tendo conhecimento delas você pode até sobreviver (Hahahahah). Uma das mais importantes é a composição do seu sangue, nada de eritrócitos e leucócitos, Aliens apresentam ácido no lugar de sangue – então talvez seja melhor você considerar atirar em um Alien quando vocês estão presos em uma caixa de metal no meio do espaço. Outra importante característica é a presença de uma segunda boca, então se você acha que escapou por meros milímetros – SURPRESA! Você está morto.

Como um ser que não apresenta olhos ou nariz pode ser tão letal? Estão preparados para terem tudo o que vocês conheciam destruído?

Nota: - Carlinhos! Você pegou seu gorro? - Ai mãe, que saco...

AHA! E não é que eles têm olhos e nariz? Aparentemente esse “capacete” só serve como proteção. “Ai que burra, mesmo tendo olhos ele não enxerga nada...” Existem algumas teorias circulando a nossa maravilhosa internet de que os Aliens apresentam, na sua cabeçona alongada, órgãos sensoriais responsáveis pela captação de ondas eletromagnéticas – podem pensar nos Aliens como uma mistura de tubarão (devido a esse órgão sensorial) a morcegos (devido ao seu biosonar) e claro que não podemos nos esquecer das formigas (por motivos de eu não vou explicar agora, já que existem coisas que são melhores quando descobertas por nós mesmos).

Porém, talvez os Aliens tenham sido criados sem que ninguém pensasse nesses detalhes, e na verdade tenham sido desenvolvidos apenas para parecerem ameaçadores predadores perfeitos.

Já que um Alien não apresenta olhos nem língua, podemos especular que ele não distingue a presa (já que não possui visão), e não “degusta” a sua vítima, devido à ausência de papilas gustativas e a forma com que ele digere seu alimento – tacando ácido na porra toda e absorvendo seus nutrientes. O que abre uma renca de possibilidades de alimentação. Sem humanos? Coma plantas. Faltou planta? Coma pedras. Faltou pedra? Coma seus irmãozinhos. Seus irmãozinhos não existem mais? Ah, para que você precisa de duas pernas?

Basicamente existem quatro estágios no ciclo de vida de um Xenomorfo XX121, popularmente conhecido como Alien:

1º Ovo: Uma forma dormente que lembra uma flor. São “ativados” com o menor estímulo, principalmente estímulos de humanos burros curiosos.

Facehugger (abraçador): Após a saída do ovo, se assemelham a algum tipo de aracnídeo + pepeka. São altamente velozes e furiosos (que trocadilho merda, e você achando que não podia piorar), já que grudam na cara da sua vítima e implantam um embrião. O facehugger costuma ser considerado uma das criaturas mais sinistras justamente por essa sua “sexualidade perversa”. Foi intenção do próprio diretor criar uma espécie de “estupro masculino” – aliás, podemos mencionar alguns momentos em que existe terror através da perversão sexual no filme, como a querida cena do jornal na boca e a da Ripley de calcinha...

Nota: Sério... Vai me dizer que isso não te lembra alguma coisa?

Chestbuster (estourateta): Após o susto inicial, a vítima acha que tudo não passou de um sonho ruim e retoma a sua vida. Só para ter o seu tórax estourado por um bicho que lembra uma minhoca de capacete (alguma semelhança com a realidade?). Eles estão sempre com fome e comem tudo o que vêem pela frente. O que faz com que cresçam bem rápido...

4º Alien: Forma adulta (infância fase adulta em apenas 24 horas – gostaria de ver mesmo é um Alien na puberdade...) e mais perigosa do Xenomorfo. São responsáveis pelo “recrutamento” de mais vítimas, já que as prendem e implantam embriões, para que o ciclo se repita.

Nota: Parabéns, você chegou à zona livre de spoilers, agora você pode continuar sem medo.

Fazendo um comparativo entre o filme e o livro: ambos são obras sensacionais á sua moda. O livro apresenta uma maior descrição da relação entre os tripulantes, inclusive acompanha melhor o desenrolar da narrativa. Porém, peca no que se diz respeito a descrição dos “momentos de ação”. Em minha opinião, tudo é descrito eximiamente, até a parte em que há algum confronto, que não dura mais do que dois parágrafos... O livro é bem dinâmico e a narrativa muito fluida, porém a ausência dessa descrição chave, fez com que os momentos de maior tensão e expectativa ficassem esparsos e confusos...

Alguns personagens também apresentam pequenas mudanças de personalidade, Ripley é um dos melhores exemplos, sem a atuação magnífica de Sigourney Weaver, ela se torna menos simpática, mais mandona e pentelha.

Outra grande estrela que ficou um pouco fora dos holofotes foi o próprio Alien. No livro, ele é menos descrito, por isso, se você ler o livro antes de assistir o filme – ou viver embaixo de uma pedra e nunca ter visto o Alien – fica um pouco difícil de imaginar a terrível aparência dessa criatura.

Nota: Parabéns! É uma menina! E ela tem os olhos do pai...

O que eu posso falar de um clássico? Claro que eu recomendo tanto o livro quanto o filme, ambos são especiais e originais a sua própria moda, então se você já leu ou assistiu um deles, dê uma chance ao outro, você não irá se arrepender.

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